O roteamento em redes é um dos processos fundamentais para o funcionamento da internet e de redes de computadores em geral. Ele define como os dados (ou pacotes) trafegam de um ponto a outro em uma rede, garantindo que a comunicação entre dispositivos, independentemente da distância, seja eficiente e confiável. Neste post, vamos explorar o que é roteamento, como ele funciona e quais são os principais tipos de roteamento utilizados em redes.

O que é Roteamento?

Roteamento é o processo pelo qual os dados são direcionados de uma origem a um destino através de uma rede. Esses dados, ou pacotes, precisam ser encaminhados por diferentes dispositivos intermediários, conhecidos como roteadores, que determinam a melhor rota a ser seguida com base em algoritmos e tabelas de roteamento.

Cada roteador na rede é responsável por examinar o destino do pacote e encaminhá-lo pela rota mais eficiente. Isso é feito através de tabelas que armazenam informações sobre os diferentes caminhos que os pacotes podem seguir.

Como funciona?

roteamento
Roteamento

Quando um dispositivo envia dados pela rede, os pacotes de dados contêm informações sobre o endereço IP de destino. O roteador utiliza essas informações para decidir por onde encaminhar o pacote. Esse processo envolve:

  1. Análise do endereço de destino: O roteador examina o endereço IP de destino do pacote;

  2. Consulta à tabela de roteamento: O roteador consulta sua tabela de roteamento para encontrar a melhor rota disponível para o pacote;

  3. Encaminhamento do pacote: O roteador envia o pacote ao próximo roteador ou dispositivo de destino;

  4. Repetição do processo: O processo se repete até que o pacote chegue ao destino final.

A tabela de roteamento contém informações sobre as rotas disponíveis para diferentes redes, e essas informações podem ser configuradas manualmente (roteamento estático) ou aprendidas dinamicamente (roteamento dinâmico).

Tipos

Existem dois tipos principais de roteamento: roteamento estático e roteamento dinâmico.

1. Roteamento Estático

No roteamento estático, as rotas são configuradas manualmente pelos administradores da rede. Isso significa que os roteadores seguirão sempre o mesmo caminho para encaminhar os pacotes, independentemente de mudanças nas condições da rede.

Vantagens:

  • Maior controle sobre o caminho dos pacotes;

  • Simplicidade de implementação em redes pequenas.

Desvantagens:

  • Não é escalável para redes grandes e complexas;

  • Exige manutenção manual em caso de falhas ou alterações na topologia da rede.

Exemplo de configuração de rota estática em um roteador:

ip route 192.168.1.0 255.255.255.0 192.168.0.1

Neste exemplo, o roteador está sendo instruído a encaminhar todos os pacotes destinados à rede 192.168.1.0 para o endereço IP 192.168.0.1.

2. Roteamento Dinâmico

No roteamento dinâmico, os roteadores usam protocolos de roteamento para descobrir e atualizar automaticamente as melhores rotas com base nas condições da rede, como congestionamento ou falhas. Esses protocolos permitem que os roteadores aprendam rotas uns com os outros.

Vantagens:

  • Adaptabilidade: O roteamento dinâmico ajusta-se automaticamente a mudanças na rede.
  • Escalabilidade: Ideal para redes grandes e complexas.

Desvantagens:

  • Complexidade: Requer mais recursos computacionais dos roteadores.
  • Potencial latência em atualizações de rotas em redes muito grandes.

Principais protocolos de Roteamento Dinâmico:

  • RIP (Routing Information Protocol): Um protocolo de roteamento simples e amplamente utilizado, ideal para redes pequenas. Utiliza a contagem de saltos (hops) para determinar a melhor rota;

  • OSPF (Open Shortest Path First): Protocolo de roteamento muito utilizado em redes de médio e grande porte. Ele calcula a rota mais curta com base no custo total da rota;

  • BGP (Border Gateway Protocol): O protocolo usado na internet para o roteamento entre diferentes sistemas autônomos (grandes redes).

Tabela de Roteamento

A tabela de roteamento é o coração do processo de roteamento. Ela contém informações sobre as rotas disponíveis, os destinos e os próximos saltos (next hops) para cada destino. Cada entrada na tabela de roteamento geralmente inclui:

  • Endereço de destino: A rede de destino para a qual o pacote está sendo encaminhado;

  • Máscara de sub-rede: Define o tamanho da rede;

  • Gateway: O endereço do próximo roteador ou dispositivo para onde os pacotes devem ser enviados;

  • Interface de saída: A interface do roteador pela qual o pacote deve ser enviado.

Exemplo de uma tabela de roteamento:

Endereço de DestinoMáscara de Sub-redeGatewayInterface de Saída
192.168.1.0255.255.255.0192.168.0.1GigabitEthernet0/1
10.0.0.0255.0.0.0192.168.0.2GigabitEthernet0/2
0.0.0.00.0.0.0192.168.0.254GigabitEthernet0/1

Algoritmos

Os roteadores utilizam algoritmos de roteamento para determinar a melhor rota. Alguns dos algoritmos mais comuns incluem:

  • Algoritmo de Vetor de Distância: Usado por protocolos como o RIP, baseia-se na contagem de saltos até o destino. Cada roteador informa periodicamente a distância até outras redes para seus vizinhos;

  • Algoritmo de Estado de Link: Utilizado pelo OSPF, cada roteador conhece a topologia completa da rede e usa essa informação para calcular a rota mais curta com base no custo total da rota.

Roteamento interno e externo

  • IGP (Interior Gateway Protocol): Usado para roteamento dentro de uma única organização ou sistema autônomo. Exemplos incluem RIP e OSPF;

  • EGP (Exterior Gateway Protocol): Usado para roteamento entre diferentes organizações ou sistemas autônomos. O principal protocolo EGP é o BGP.

O roteamento em redes é um processo crucial para garantir a entrega eficiente e confiável de dados em redes locais (LANs) e em toda a internet. Com o uso de roteadores e protocolos de roteamento, a rede pode se adaptar a falhas e congestionamentos, encontrando sempre o melhor caminho para que os dados cheguem ao destino.

Entender como o roteamento funciona é fundamental para qualquer administrador de redes ou profissional de TI que deseje otimizar a comunicação em redes corporativas ou em sistemas mais amplos.

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Sobre o Autor

Bene Silva Júnior
Bene Silva Júnior

Bacharel em Sistemas de Informação pelo Instituto Paulista de Pesquisa e Ensino IPEP. Apaixonado por tecnologias e games do tempo da vovó!

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