O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos implementado pelo Banco Central do Brasil que viabiliza transferências eletrônicas de valores entre pessoas físicas, empresas e governo. Mas você sabe quais tecnologias que estão por trás do Pix? Leia este post e descubra!

Desenvolvido a partir de 2018 através da portaria nº 97.909, entrou em vigor em novembro de 2020. Desde então caiu no gosto popular e hoje é o segundo meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, tornando-se uma ótima opção diante do TED e DOC.

Para utilizar o sistema basta cadastrar uma chave na conta bancária, que pode ser o CPF, CNPJ, telefone, e-mail ou uma chave aleatória. As transações podem ser realizadas a partir do celular em qualquer dia e horário.

Como funciona o Pix?

As transações realizadas são processadas no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), gerenciado pelo Banco Central.

As instituições provedoras de serviços de pagamentos (PSPs) que participam do Pix mantêm uma conta específica no SPI, a conta PI. Através dessa conta todas as transferências são liquidadas em tempo real.

Após a confirmação da transferência pelo usuário, o provedor da conta comunica ao SPI. Dessa forma o PSP do recebedor confirma os dados do recebedor e aceita a transação. Lá no Banco Central, a conta do PSP do pagador é debitada, e o valor creditado na conta do PSP do recebedor. Todos os processos acima duram, em média, até 10 segundos.

Tecnologias por trás do Pix

O sistema de pagamentos é baseado no princípio de troca de mensagens instantâneas seguras através de mensageria.

Mensageria é um conceito que define a comunicação entre sistemas distribuídos, na qual se dá por meio de troca de mensagens (evento). Essas mensagens são “gerenciadas” por um Broker, que é um servidor/módulo de mensagens.

O tráfego e formatação dessas mensagens são entregues através do protocolo de mensagem XML com o padrão de mensageria internacional ISO 20022. As mensagens transacionadas são realizadas via API HTTP.

Para a segurança das comunicações, são utilizados certificados digitais para criptografia e autenticação. Todos os dados pessoais utilizados nas transações são protegidos pelo sigilo bancário, previsto na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O Banco Central também utilizou tecnologias open source da Red Hat, como o OpenShirt para o controle de todo o cliclo de vida das aplicações. Também foi utilizada a Red Hat AMQ, arquitetura distribuída, altamente escalável, baseada na plataforma de tratamento de dados Apache Kafka.

Também foi implantado o Red Hat Ansible Automation Platform para criar e oferecer funcionalidades de automação de infraestrutura. Dessa forma foi possível fazer a integração do Pix com soluções de automação, viabilizando a centralização do gerenciamento.

Segundo Vicente Fernandes, chefe da Divisão de Arquitetura de Servidores, Armazenamento e Software Básico do Branco Central:

Queríamos criar uma solução que oferecesse transferências financeiras seguras e flexíveis, melhorando a experiência de nosso cliente, enquanto reduzimos os custos por transação

Segurança do Pix

Todos os dados que transacionam pelo sistema de pagamentos são criptografados. Isso significa que são protegidos por meio de protocolos de segurança que impedem a interceptação e acesso aos dados. A criptografia utilizada para autenticação é a TLS (versão 1.2 ou superior) e desenhada pela empresa Dinamo Networks.

A assinatura digital utilizada nas mensagens trafegadas segue o padrão recomendado pelo W3C, XMLDSig.

Pix e a infraestrutura de TI

As transações instantâneas proporcionadas pelo Pix estão gerando um aumento significativo no tráfego de dados entre pessoas físicas, instituições financeiras e empresas.

Em março de 2022, mais de 51 milhões de pessoas já tinham a chave Pix cadastrada. Isso representa uma alta de 72% em relação ao mês anterior. Todo esse aumento da demanda gera preocupações referentes a infraestrutura para manter os serviços.

As empresas que estão optando pela conexão direta terão que estruturar seus recursos para viabilizar a operação. Links dedicados com especificações especiais de segurança e investimentos na infraestrutura de hospedagem de aplicações e banco de dados serão cruciais.

Já as empresas que farão a conexão indireta poderão contratar fornecedores especializados para melhorar a infraestrutura e viabilizar o Pix de forma direta e eficiente.

Entendeu quais tecnologias estão por trás do Pix? Qualquer dúvida, deixe nos comentários.

Conheça o documento de especificações de Pagamentos Instantâneos do Banco Central.

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Sobre o Autor

Benedito Silva Júnior
Benedito Silva Júnior

Bacharel em Sistemas de Informação pelo Instituto Paulista de Pesquisa e Ensino IPEP. Apaixonado por tecnologias e games do tempo da vovó!

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