A memória RAM (ou memória de acesso aleatório – Random Access Memory) é um tipo de memória que permite a leitura e a escrita, utilizada como memória primária em sistemas eletrônicos digitais.
É um componente essencial não apenas nos computadores pessoais, mas em qualquer tipo de computador, pois é onde ficam armazenados os programas básicos carregados e utilizados pelo sistema operacional no momento da execução.
Por mais que exista espaço de armazenamento disponível, na forma de um HDD ou SSD, é sempre necessária uma determinada quantidade de memória RAM e, naturalmente, quanto mais, melhor o desempenho, uma vez que os programas tendem a se desenvolver e exigir mais espaço disponível.
O termo acesso aleatório identifica a capacidade de acesso a qualquer posição e em qualquer momento, por oposição ao acesso sequencial, imposto por alguns dispositivos de armazenamento, como fitas magnéticas.
O nome não é verdadeiramente apropriado, já que outros tipos de memória (como a ROM) também permitem o acesso aleatório a seu conteúdo.
O nome mais apropriado seria: Memória de Leitura e Escrita, que está expressa na programação computacional. É uma memória volátil, pois todo o seu conteúdo é perdido quando a alimentação elétrica é desligada.
Para evitar perdas de dados, é necessário salvar a informação para os drives de armazenamento, como HDDs e SSDs, por exemplo.
Características da memória RAM
As memórias RAM podem ser classificadas como:
» SRAM (RAM estática);
» DRAM (RAM dinâmica);
» FPM RAM (RAM de modo de paginação rápida – Fast Page Mode);
» EDO RAM (DRAM de saída extendida);
» SDRAM (memória DRAM síncrona);
» DDR RAM (SDRAM com taxa de transferência de dados dupla). DDR, DDR2, DDR3, DDR4 e DDR5 atualmente;
» RDRAM (memória Rambus DRAM);
» GDDR SDRAM, GDDR2, GDDR3, GDDR4, GDDR5, GDDR6 (dinâmica síncrona de taxa de transferência dupla de gráficos);
» SD (Memória flash).
Capacidade
Também são identificadas de acordo com a capacidade de armazenamento de informações.
Atualmente encontramos módulos normalmente com 4GB, 8GB e 16GB.
Velocidade
Referente as frequências ou velocidade de leitura e gravação, encontramos normalmente com 2666, 3000 e 3200Mhz, por exemplo.
Um detalhe importante referente a velocidade é que, quando utilizamos módulos de memória RAM com frequências diferentes, a velocidade de ambas serão niveladas para o menor valor das duas.
Por exemplo, se utilizarmos um módulo de 2666 e outro de 3000, ambas serão acessadas na velocidade de 2666 Mhz.
Para descobrir as frequências máximas que sua placa-mãe suporta, consulte o manual dela ou execute o comando abaixo no prompt de comando do Windows:
wmic memorychip get speed
Latência
A latência é um dos fatores críticos que determinam o desempenho da memória RAM. Em termos simples, a latência refere-se ao tempo que a memória leva para responder a uma solicitação de leitura ou escrita de dados. Medida em ciclos de clock, a latência pode impactar significativamente a rapidez com que um sistema pode acessar dados armazenados na RAM.
Componentes da latência
- CL (CAS Latency): Este é o tempo entre a solicitação de leitura e o início da transferência de dados. Por exemplo, uma memória com CL16 significa que leva 16 ciclos de clock para começar a transferência após a solicitação;
- tRCD (RAS to CAS Delay): Este é o tempo necessário para acessar uma linha específica de uma coluna;
- tRP (RAS Precharge Time): Este é o tempo necessário para preparar a linha para um novo acesso após a desativação da linha anterior.
Impacto da latência no desempenho
Embora uma latência menor geralmente indique um desempenho melhor, a relação não é sempre direta. A velocidade do clock e a largura de banda também desempenham papéis importantes. Por exemplo, memórias DDR5 podem ter latências mais altas em termos absolutos em comparação com DDR4, mas compensam com frequências de clock significativamente mais altas e maiores taxas de transferência de dados.
Latência vs. velocidade de clock
Enquanto a latência mede o tempo de resposta, a velocidade do clock refere-se ao número de ciclos de clock por segundo. Uma memória com alta velocidade de clock e latência ligeiramente maior pode, em muitos casos, superar uma memória com velocidade de clock mais baixa e latência menor.
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Memória RAM, o “garçom” da CPU!
Quando o processador requisita alguma informação alocada em drives de armazenamento, a entrega precisa ser ágil, pois a CPU é extremante rápida e não pode esperar.
Imagine se a CPU tivesse que acessar as informações diretamente de um HDD ou SSD? Como a taxa de transferência é muito baixa em comparação ao que o processador pode assimilar, haveria um gargalo muito grande e muita lentidão no sistema.
É aí que entra a memória RAM, que recebe as informações e disponibiliza para a CPU de forma rápida.
Quanto mais memória RAM, melhor!
Quando ligamos o computador e abrimos programas, os arquivos são carregador para a memória RAM.
Os arquivos mais importantes do sistema operacional e programas são carregados na memória primeiramente. Se faltar espaço disponível na RAM, é criada uma memória RAM virtual no HDD ou SSD para que a CPU acesse diretamente os arquivos restantes.
Isso é um recurso paliativo para “enganar” a CPU e obrigá-la a fazer a função que a memória RAM deveria fazer.
A tecnologia Dual Channel
As memórias também se beneficiam da tecnologia RAM Dual Channel, ou canal duplo, para aumentar a taxa de transferência entre as memórias. No modo Dual Channel, dois módulos de RAM se comunicam simultaneamente em canais separados para operar em conjunto e executar programas mais rapidamente.
Esse modo só é possível quando dois módulos de memória estão conectados em slots distintos e identificados. A placa-mãe também precisa ser compatível com a tecnologia.
É importante utilizar módulos de memória com a mesma capacidade e frequência. Dê preferência para módulos de mesma marca.
Para ativar a tecnologia Dual Channel é preciso conectar os módulos de memória nos slots de mesma cor. Se as cores forem iguais e existir quatro ou mais slots, obedecer a ordem “slot 0 (banco 1) com slot 0 (banco 2), slot 1 (banco 1) com slot 1 (banco 2)”, sucessivamente.
Problemas mais comuns
Quando temos algum defeito na memória RAM, geralmente o computador deixa de exibir informações na tela (o famoso “não dá tela”). Isso ocorre porque o sistema operacional não é carregado.
Tente limpar os conectores do módulo de memória com uma borracha escolar (mais com cuidado e sem forçar) e aplique limpa contato logo em seguida.
Porém, se não resolver, teste individualmente outros componentes do computador (placas de expansão, CPU e drivers), pois também poderão apresentar o mesmo sintoma quando estão com algum defeito.
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