Tutoriais sobre Informática e Tecnologias

Redes e Segurança

IPv4 e IPv6

IPv4 e IPv6 são protocolos de Internet e se diferem em aspectos importantes. São endereços que identifica os dispositivos conectados. Neste post, conheça mais sobre esses protocolos.

IPv4 (Protocolo de Internet versão 4)

O IPv4 (Protocolo de Internet versão 4) é a quarta versão do Protocolo de Internet (IP).

Ele é um dos principais protocolos de padrões baseados em métodos de interconexão de redes na Internet, e foi a primeira versão implementada para a produção da ARPANET, em 1983.

Ele ainda roteia a maior parte do tráfego da Internet de hoje, apesar da contínua implementação de um sucessor do protocolo, o IPv6.

O IPv4 está descrito no IETF publicação RFC 791 (setembro de 1981), em substituição a anterior definição (RFC 760, de janeiro de 1980).

O IPv4 é um protocolo sem conexão, para utilização de comutação de pacotes redes. Ele opera em um modelo de entrega por menor esforço, em que não garante a entrega, nem garante a sequência correta ou evita a duplicação de entrega.

Estes aspectos, incluindo a integridade dos dados, são abordados por uma camada superior de protocolo de transporte, tais como o Protocolo de Controle de Transmissão (TCP).

O IPv4 utiliza endereços de 32 bits, o que limita o espaço de endereço para 4294967296 (232) endereços.

O IPv4 reserva blocos de endereços especiais para redes privadas (~18 milhões de endereços) e multicast endereços (~270 milhões de endereços).

IPv6 (Protocolo de Internet versão 6)

O IPv6 (Protocolo de Internet versão 6) é a versão mais atual do Protocolo de Internet.

Originalmente oficializada em 6 de junho de 2012, é fruto do esforço do IETF para criar a “nova geração do IP” (IPng: Internet Protocol next generation), cujas linhas mestras foram descritas por Scott Bradner e Allison Marken, em 1994, na RFC 1752.1 Sua principal especificação encontra-se na RFC 2460.

O protocolo está sendo implantado gradativamente na Internet e deve funcionar lado a lado com o IPv4, numa situação tecnicamente chamada de “pilha dupla” ou “dual stack”, por algum tempo.

A longo prazo, o IPv6 tem como objetivo substituir o IPv4, que só suporta cerca de 4 bilhões (4×109) de endereços IP, contra cerca de 3,4×1038 endereços do novo protocolo.

O assunto é tão relevante que alguns governos têm apoiado essa implantação. O governo dos Estados Unidos, por exemplo, em 2005, determinou que todas as suas agências federais deveriam provar ser capazes de operar com o protocolo IPv6 até junho de 2008.

Em julho de 2008, foi liberada uma nova revisão das recomendações para adoção do IPv6 nas agências federais, estabelecendo a data de julho de 2010 para garantia do suporte ao IPv6.

O governo brasileiro recomenda a adoção do protocolo no documento e-PING, dos Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico.

O esgotamento do IPv4 e a necessidade de mais endereços na Internet

O principal motivo para a implantação do IPv6 na Internet é a necessidade de mais endereços, porque os endereços livres IPv4 acabaram.

Para entender as razões desse esgotamento, é importante considerar que a Internet não foi projetada para uso comercial.

No início da década de 1980, ela poderia ser considerada uma rede predominantemente acadêmica, com poucas centenas de computadores interligados.

Apesar disso, pode-se dizer que o espaço de endereçamento do IP versão 4, de 32 bits, não é pequeno: 4.294.967.296 endereços.

Ainda assim, já no início de sua utilização comercial, em 1993, acreditava-se que o espaço de endereçamento da Internet poderia se esgotar num prazo de 2 ou 3 anos.

Isso não ocorreu por conta da quantidade de endereços, mas sim por conta da política de alocação inicial, que não foi favorável a uma utilização racional desses recursos. Dividiu-se esse espaço em 3 classes principais (embora existam a rigor atualmente 5 classes), a saber:

– Classe A: com 128 segmentos, que poderiam ser atribuídos individualmente às entidades que deles necessitassem, com aproximadamente 16 milhões de endereços cada.

Essa classe era classificada como /8, pois os primeiros 8 bits representavam a rede, ou segmento, enquanto os demais poderiam ser usados livremente. Ela utilizava o espaço compreendido entre os endereços 00000000.*.*.* (0.*.*.*) e 01111111.*.*.* (127.*.*.*);

– Classe B: com aproximadamente 16 mil segmentos de 64 mil endereços cada. Essa classe era classificada como /16. Ela utilizava o espaço compreendido entre os endereços 10000000.0000000.*.* (128.0.*.*) e 10111111.11111111.*.* (191.255.*.*);

– Classe C: com aproximadamente 2 milhões de segmentos de 256 endereços cada. Essa classe era classificada como /24. Ela utilizava o espaço compreendido entre os endereços 11000000.0000000.00000000.* (192.0.0.*) e 11011111.11111111.11111111.* (213.255.255.*).

Os 32 blocos /8 restantes foram reservados para Multicast e para a IANA. O espaço reservado para a classe A atenderia a apenas 128 entidades, no entanto, ocupava metade dos endereços disponíveis. Não obstante, empresas e entidades como HP, GE, DEC, MIT, DISA, Apple, AT&T, IBM, USPS, dentre outras, receberam alocações desse tipo.

Deseja se tornar um profissional de Segurança em Redes de Computadores e Cibersegurança?

Conheça o curso de Segurança em Redes de Computadores e entenda os diversos tipos de ataques que existem, bem como as peças do quebra-cabeça que integram a defesa de uma rede, entre elas: Firewall, IPS, Proxy, Anti-Spam, Anti-vírus, Anti-Malware, VPN, Sandboxing, NAC, etc.

CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E SAIBA MAIS DETALHES:

curso de segurança de redes e cibersegurança

Link do curso: https://go.hotmart.com/A69498318E

O que são gateways?

Dúvidas ou sugestões? Deixem nos comentários! Para mais dicas, acesse o nosso canal no YouTube:
 https://youtube.com/criandobits

Bene Silva Júnior

Bacharel em Sistemas de Informação pelo Instituto Paulista de Pesquisa e Ensino IPEP. Apaixonado por tecnologias e games do tempo da vovó!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *